Massa polar derruba temperaturas e traz risco de neve no Sul do Brasil.

Uma massa de ar polar avança pelo Sul do Brasil nesta terça-feira (29) e derruba as temperaturas em praticamente todos os três estados da região. O sistema, associado à frente fria que se deslocou pelo país no início da semana, marca o fim de julho com características típicas do inverno: manhãs geladas, geadas generalizadas e possibilidade de neve em áreas mais altas da Serra Catarinense.

Com o avanço do ar frio, a geada será um fenômeno amplo e deve atingir diversas áreas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. No território gaúcho, as formações de gelo serão mais comuns na Campanha, Missões, Região Central e Oeste, onde as mínimas ficam próximas ou abaixo de 4°C. No Paraná, o frio mais intenso se concentra no centro-sul do estado, especialmente em cidades como Guarapuava e Palmas, que também registram risco moderado para geada. Em Santa Catarina, o cenário é ainda mais rigoroso: o Planalto Sul e a Serra Catarinense terão geadas generalizadas, com temperaturas negativas logo ao amanhecer.

Possibilidade de neve na Serra Catarinense

Além do frio intenso e da geada, há também a possibilidade de neve nos pontos mais altos da Serra Catarinense. Regiões acima de 1.500 metros de altitude, como São Joaquim, Urupema e Bom Jardim da Serra, reúnem as condições ideais para o fenômeno. Caso a previsão se confirme, este será o terceiro episódio de neve registrado no Brasil em 2025, um número incomum e que reforça a força do inverno deste ano.

A massa de ar polar que atua sobre a região exige atenção redobrada para alguns impactos. Agricultores precisam se preparar para perdas em culturas sensíveis à geada, como hortaliças e frutas, especialmente em áreas de baixada. Nas rodovias que cortam serras gaúchas e catarinenses, a formação de gelo no asfalto pode provocar risco para motoristas. Além disso, o frio intenso aumenta o risco de doenças respiratórias, sendo importante reforçar cuidados com idosos e crianças.