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O PRAZER DE VIVER

Por João Maria

Sábia foi a ideia de que os maiores prazeres da vida estão nas pequenas coisas. Muitas vezes, um sorriso ou uma palavra certa são oportunidades que surgem, encantando muito mais do que valiosos presentes. Infelizmente, há quem não pense assim.

Por isso, não raramente, é preciso afastar o manto cinzento das incompreensões para enxergar o que há de valioso em nosso entorno. Pessoas portadoras de necessidades especiais e aqueles que convivem com elas sabem o bem que isso representa. Quem não imagina, pode acompanhar as superações diárias da personagem Luciana, novela escrita por Manoel Carlos. No folhetim televisivo, a jovem sofreu uma lesão entre as vértebras, o que a deixou tetraplégica.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualmente, no Brasil, existem mais de 25 milhões de pessoas com deficiência, enfrentando barreiras para a sua inclusão. Superar preconceitos, acreditar em si mesmo e continuar a ter uma vida ativa são os principais desafios dessa população. Podemos observar limitações analisando o Censo Populacional de 2000 do IBGE, no qual se evidenciou que daqueles que declaram algum tipo de deficiência, aproximadamente 70% afirmaram não sair de casa por problemas socioeconômicos ou por falta de informações. Ainda segundo a mesma pesquisa, apenas 3% das pessoas com deficiência, na faixa de 14 a 60 anos, são atendidas pelos serviços formais de educação, de saúde e de reabilitação. Levar tais dificuldades ao conhecimento público, como vem acontecendo, pode e deve ajudar a modificar esse lamentável cenário de exclusão. O prazer de viver a vida é um direito de todos, sem exceções, inclusive e, sobretudo, deles.

 

Referência: CHIARELLI, Carlos Alberto. Diário Catarinense – Ao 24 – n. 8.737 . 28/03/2010 – p l8.

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