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CIVILIZAR O CAPITALISMO

O mundo volta a apontar a necessidade de pôr ordem no capitalismo, o que está fora de questão no Brasil.
Logo depois que o comunismo ficou sepultado sob os escombros do Muro de Berlin, comentei com o então senador Roberto Campos, o mais agudo e consistente porta-estandarte do capitalismo no Brasil, que, depois da vitória sobre o adversário ideológico, o capitalismo tinha a obrigação de provar que poderia servir às grandes massas marginalizadas. 
Quase 30 anos depois, essa tarefa civilizatória não foi ainda cumprida. Dizem algumas das mais lustrosas lideranças do universo capitalista. 
Diz um texto: "Trabalharemos para assegurar que nosso crescimento econômico sirva às necessidades de todos e que beneficie a todos os países e pessoas, inclusive e particularmente, mulheres, jovens e grupos desfavorecidos, gerando mais empregos de qualidade, atacando as desigualdades e erradicando a pobreza, de modo que ninguém seja deixado para trás."
"O crescimento tem sido demasiado baixo por demasiado tempo e em favor de demasiados poucos."
No caso do Brasil, com 73 milhões de pobres e sua desigualdade obscena, a impossibilidade de reversão parece nítida: tudo bem que consertar as contas públicas seja uma necessidade inadiável ante o desastre herdado pelo novo governo. É uma condição necessária, mas insuficiente para a retomada do crescimento e, com ela, do emprego.
O Brasil Prepara-se, teoricamente, para aplicar políticas de austeridade em 2017, no momento em que o governo e a maioria dos analistas acreditam que está saindo da recessão.  
Sem um plano B também para o crescimento, não parece haver chance nem sequer de civilizar a recessão, quanto mais o capitalismo.
Referência: ROSSI, Clóvis. Civilizar o capitalismo. Folha de S. Paulo. São Paulo, 8 de setembro de 2016.

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