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Apicultores sofrem com a queda da produção em Cerro Negro

Há quatro anos foi implantada em Cerro Negro a Associação de Apicultores do município que conta com 25 associados e produtores de mel. Durante esse período conquistaram a Casa do Mel que vem auxiliando no manejo com o produto, possuem selo de inspeção municipal, a qual garante a qualidade do produto e a comercialização regularizada, porém nesse ano a falta do produto para a venda vem preocupando os produtores.
De acordo com o secretário da associação, Armando Raithz, nessa safra o produto sofreu uma queda de 70% em relação a safra anterior e alguns fatores são apresentados como agravantes: muita chuva durante o período de floração, falta de manejo por parte dos apicultores, falta de preocupação com a alimentação das abelhas no inverno, uso indevido de agrotóxicos nas lavouras próximas as colmeias, localização dos apiários, além das pragas que estão aparecendo. Segundo Armando, o Ácaro Varroa já foi encontrado em apiários, na região e a chegada do besouro, que será outro inimigo da produção do mel, preocupa ainda mais os produtores.
No ano passado surgiu o primeiro foco do besouro no estado de São Paulo, cuja existência foi confirmada oficialmente em fevereiro de 2016. O pequeno besouro das colmeias, que tem o nome científico de Aethina Tumida e é natural da África do Sul, pode, em certas condições, destruir favos de mel, pólen e crias, além de provocar a fermentação do mel já estocado. As infestações podem se tornar agressivas e incontroláveis, levando à destruição das colmeias e desaparecimento das abelhas, especialmente nas colmeias mais fracas.
Armando destaca que todos esses fatores, agravam a situação, porém ainda não aconteceu o desaparecimento das abelhas, mas a queda na produção pode contribuir para a desistência e a desmotivação dos produtores. Esse problema não afeta somente o município de Cerro Negro, mas todo o estado que nunca sofreu com uma queda tão significante.
A associação faz parte da FAACS - Federação das Associações de Apicultores e Meliponicultores de Santa Catarina, a qual está fazendo um levantamento do número de colmeias e apicultores que estão em atividade em todo o estado e baseado nesse levantamento será possível tomar algumas medidas. "Estamos aguardando o fechamento dos dados, porém continuamos realizando treinamentos e disponibilizando todo o apoio técnico aos produtores, além de auxiliar na venda do produto e compra de materiais em conjunto", comentou Armando.
Festa do Mel corre o risco de não ter mel
Segundo os representantes da associação, Armando Raithz e Ivanor Mota, a grande queda na produção pode comprometer a comercialização do produto durante a Festa do Mel que acontecerá no dia 1º de maio. De acordo com eles, não podem definir algo concreto, mas caso o produto seja comercializado o valor será mais elevado.
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