?É um sonho de vários prefeitos o que estamos começando a tornar real hoje. Talvez seja a maior obra que Lages já viu?, disse Elizeu Mattos
Ainda em dezembro, antes de assumir, o prefeito Elizeu Mattos esteve em Brasília (DF) quando foi alertado pela ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e pelo secretário nacional do Saneamento Ambiental, Leodegar Tiscoski, de que Lages estava prestes a perder um grande investimento: as obras da Ponte Grande. Ao retornar, Elizeu e o vice Toni Duarte se reuniram com representantes da Caixa Econômica Federal (CEF) e das empresas envolvidas para discutir o projeto de construção da avenida. O objetivo era claro: não perder os R$ 57 milhões do governo federal.
Com prazos apertados para cumprir as exigências, assim que tomou posse na prefeitura os encontros se tornaram mais intensos e a meta lançada: a ordem de serviço teria de ser assinada em fevereiro. A força-tarefa deu resultado e na manhã de sexta-feira (22) o prefeito, o vice, secretários municipais, representantes da CEF e das empresas formalizaram a documentação. “Não havia como o governo federal dar mais prazo. Tivemos o apoio da ministra Ideli e do secretário Leodegar nesta jornada”, afirmou.
O investimento global será em torno de R$ 81 milhões, conforme anunciado na coletiva à imprensa no auditório da Biblioteca Pública Municipal. “É um sonho de vários prefeitos o que estamos começando a tornar real hoje”, disse Elizeu sobre o empenho de seus antecessores. “Eu tive a felicidade de resolver os entraves e dar a ordem de início da construção da Ponte Grande, a maior obra, possivelmente, que Lages já viu”, emendou.
Entre recursos federais e municipais, a obra em si terá um valor de mais ou menos R$ 57 milhões, além de cerca de R$ 12 milhões para relocação das famílias atingidas (recursos do programa Minha Casa, Minha Vida) e aproximadamente R$ 12 milhões que o município pagará em indenizações aos atingidos pelas obras que se estenderão por 13 bairros interligados. Muitas famílias serão relocadas para um conjunto habitacional que será construído (na horizontal, isto é, casas separadas) no bairro Ferrovia.
A Sulcatarinense, empresa responsável pela avenida Ponte Grande, deverá instalar o canteiro de obras a partir da semana que vem, no bairro Caça e Tiro. O prazo para a execução dos serviços é de 24 meses. Elizeu frisou que foi um esforço desumano para resolver as pendências legais em tão pouco tempo. A CEF disponibilizou técnicos, as empresas participaram do processo e os secretários municipais afins trabalharam de manhã à noite.
Números gerais da Ponte Grande
Imóveis atingidos
Particulares com construção: 72
Particulares baldios (lotes/glebas): 77
Invasões (à relocar): 149
Total: 298
Residências: 204
Comerciais: 13
Templos religiosos: 3
Estabelecimentos de ensino: 2
O que será feito
Empresa executora da obra: Sulcatarinense
Empresa supervisora: Prosul
Implantação do sistema de esgoto;
Construção da avenida, com duas pistas;
Construção de 200 unidades habitacionais para realocação das famílias que residem em áreas de risco às margens do rio Ponte Grande;
Desassoreamento do rio;
As margens serão transformadas em pistas de caminhada, ciclovias e será implantado um Parque Linear;
Extensão da avenida: 6,3 quilômetros.
Guarujá, Gethal, São Miguel, Caravaggio, Caça e Tiro, Popular, Várzea, Ferrovia, Habitação, Jardim Cepar, Santa Maria, São Sebastião, Dom Daniel.
Estiveram presentes no lançamento da ordem de serviço, além do prefeito Elizeu Mattos, do vice Toni Duarte e órgãos de imprensa, o presidente da Câmara de Vereadores, Anilton Freitas; o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Jurandi Agostini; o gerente geral da CEF (Centro), Luiz Antonio Pacheco de Andrade; o engenheiro Leonardo Bastos e Silva, da Sulcatarinense; o engenheiro Renê Kaminski, da Prosul, secretários municipais, vereadores e outras autoridades.
Deixe seu comentário