Festival Cultural Campo & Arte resgata tradições serranas e mobiliza a comunidade de Capão Alto
Informações: CASAN
A estiagem que assola a região traz junto grandes prejuízos. As pequenas quantidades de chuva que ocorreram entre os meses de dezembro de 2019 até os dias atuais estão sendo insuficientes para agricultura e até mesmo para o abastecimento da população de alguns municípios.
Segundo informações repassadas pela Casam, o município de Anita Garibaldi é abastecido por meio de captação de água em poços artesianos e que estes felizmente se mantêm estáveis, assim como no município de Cerro Negro, os abastecimentos se mantêm constantes. Entre os municípios de Anita, Cerro Negro e Campo Belo do Sul, o município de Campo Belo é o que apresenta maior dificuldade com relação ao abastecimento de água. Devido à estiagem a vazão de água está aproximadamente 25% menor nos poços de captação e para amenizar a situação, a companhia trabalha com apoio de caminhão-pipa que abastece os reservatórios para garantir que a água chegue até as regiões mais altas do município.
Com a falta de chuva e a forte estiagem, que já caracteriza a escassez hídrica, e a pandemia do coronavírus, a Casan orienta para a redução do consumo para estes e demais municípios, já que a escassez de chuvas persiste em todo o Estado. O uso de água deve ser consciente, priorizando as atividades essenciais de abastecimento, higiene e preparação de alimentos.
Esse é também o posicionamento da Secretaria do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE), que recomendou às prefeituras apoio na proibição e fiscalização de atividades não essenciais da água tratada como o uso de mangueira para lavação de fachadas, pátios, calçadas e carros.
Perdas na lavoura
Informações: Epagri local
A Epagri de Anita Garibaldi apresentou relatório das perdas geradas pela estiagem que atinge o município e a região desde dezembro do ano passado e gera grandes prejuízos na agricultura.
No período do verão, a falta de chuva e as altas temperaturas causaram prejuízos principalmente nas lavouras de grãos (milho, soja e feijão), fumo, moranga, pomares de uva, pecuária de corte e pecuária de leite.
O mês mais crítico, segundo o relatório, foi o mês de março, que teve uma precipitação de chuva inferior a 20mm. Entre os dias 18 de dezembro de 2019 a 3 de janeiro de 2020, a precipitação acumulada foi de apenas 3mm em 17 dias. O mês de janeiro contou com sete precipitações de chuva, fevereiro oito e março somente três, em apenas uma das oportunidades o volume ultrapassou os 20mm. Esses dados aliados as elevadas temperaturas demonstram que ocorreram condições climáticas severas em longos 115 dias.
A Secretaria de Agricultura de Anita Garibaldi, juntamente com a Epagri e Cidasc locais, formaram uma equipe para elencar as perdas no campo, sendo visitado 23 localidades. Com as visitas pode-se observar as proporções de perdas tanto na agricultura como na pecuária totalizando um montante entre um período de 120 dias (dezembro/19 a março/2020) de aproximadamente 23 milhões de reais, sendo cerca de R$ 20.751.730,00 na agricultura e R$ 2.240.761,25 na pecuária. Vale ressaltar que esses dados foram contabilizados até o mês de março, já se passando o mês de abril com estiagens, o que deve ter elevado os prejuízos com a falta de chuva.
Deixe seu comentário