MEDIDAS EMERGENCIAIS CONTRA A VOLÊNCIA NO BRASIL
Por Belisiane da Silva
A comoção nacional influenciada pela mídia levou o Presidente da República a dizer que a violência "passou dos limites". Deixamos de hipocrisia: a violência só passa dos limites quando bate às portas das pessoas influentes. Não se vê nenhuma reação indignada, seja das autoridades ou da mídia, em relação às mortes diárias só no Estado de São Paulo.
Enquanto a violência se esconde na periferia, por intermédio das chacinas principalmente, é suportável. Afetou "gente graúda", lá vem os pacotes de segurança pública.
É justamente no momento da histeira coletiva ou de comoção nacional que os governantes devem mostrar prudência, equilíbrio, preparo técnico e EMOCIONAL. E no momento de formular propostas de solução de um megaproblema, como é o da insegurança, devem estar cercados de gente que entende de cada uma das intrincadas áreas envolvidas.
O fracasso do modelo de política de segurança até agora implantado (mais leis, aumento de penas, endurecimento da execução, mais viaturas, mais policiais, etc.) é retumbante. O plano emergencial contra a violência passa por algumas medidas repressivas, mas sobretudo por programas preventivos de cunho alimentar, educacional e ocupacional (o que não será conseguido nunca se continuarem cortando as verbas de segurança pública).
Nenhuma política de segurança terá sucesso se desacompanhada de políticas urbanas que requerem intensa participação do governo e da sociedade civil, que finalmente está descobrindo que só blindar o carro não adianta .
Belisiane da Silv
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